Imagem com fundo preto com ilustração de Dalton Paula sobre João Cândito. Ao lado esquerdo há o seguinte textos escritos de branco: Carta convite, " Não se seca  a raiz de quem tem sementes ", desafios contemporâneos e saberes do sul global

Carta Convite

Imagem na cor preta com letras brancas. Há uma obra de João Cândito representado por Dalton Paula, o título do evento: Não se seca a raiz de quem tem sementes. Desafios contemporâneos e saberes do sul global. 7º simpósio internacional da faculdade de ciências sociais, 11 a 13 de setembro de 2024. Universidade Federal de Goiás, campus samambaia, Goiânia, Goiás

 

“Parem de podar as minhas folhas e tirar a minha enxada/Basta de afogar as minhas crenças e tirar minha raiz/Cessem de arrancar os meus pulmões e sufocar minha razão/Chega de matar minhas cantigas e calar a minha voz”. É com inspiração contracolonizadora que pedimos emprestadas palavras do poema “Oração pela Libertação dos Povos Indígenas”, de Eliane Potiguara, para nomear o VII Simpósio Internacional da Faculdade de Ciências Sociais (VII SIFCS), da Universidade Federal de Goiás: “Não se Seca a Raiz de quem tem Sementes”: Desafios contemporâneos e saberes do sul global. Mais que apenas mais um evento acadêmico, um encontro contra supostas verdades reducionistas e cosmofóbicas, para trocar saberes que, como dizia Antonio Bispo dos Santos, uma vez compartilhados, só crescem. Ele ocorrerá no Campus Samambaia, da Universidade Federal de Goiás (UFG), localizado na cidade de Goiânia-GO, entre 11 e 13 de setembro de 2024. E todas as pessoas são nele muito bem-vindas.

Seguindo a tradição das edições anteriores, o VII SIFCS oferecerá ao público, de forma gratuita, conferências, mesas-redondas, grupos de trabalho, oficinas, minicursos e atividades culturais. Toda a programação será aberta à sociedade em geral e à comunidade acadêmica, tanto da UFG quanto de outras instituições. A programação foi definida a partir da articulação entre saberes produzidos nas áreas dos cursos de graduação e programas de pós-graduação abrigados na FCS/UFG (em ordem alfabética): Antropologia, Ciência Política, Museologia, Performances Culturais, Políticas Públicas, Relações Internacionais e Sociologia. Contudo, o objetivo geral do evento é promover espaços para debates junto a outras áreas afins, aprofundando o intercâmbio de pesquisas e perspectivas. 

De todos os aspectos relevantes que caracterizam o evento a ser realizado no ano de 2024, destaca-se especialmente a necessária interação da academia com a sociedade. Nossa intenção é a de oferecer ao público a possibilidade de ter contato presencial com convidados/as locais, nacionais e internacionais, que são referências em suas áreas de atuação, e promover a apresentação de resultados de pesquisas e atividades culturais. Além disso, o Simpósio deste ano será oportunidade para comemorarmos os 15 anos da Faculdade de Ciências Sociais da UFG, com destaque para o intenso trabalho de formação de novas/os profissionais nas áreas antes mencionadas. 

O evento pretende reunir até 800 participantes, contando com duas conferências internacionais, quatro mesas-redondas, grupos de trabalho abertos à participação de estudantes e profissionais com diferentes níveis e áreas de formação, minicursos e atividades artístico-culturais. A partir das edições anteriores, esperamos ter como público participante estudantes de graduação e pós-graduação (lato e stricto sensu), tanto da UFG como de outras instituições, docentes e pesquisadoras/es da área de Ciências Humanas e afins, com destaque para Ciências Sociais e Sociais Aplicadas de distintas regiões do país e do exterior, além de gestoras/es públicas/os, ativistas, professoras/es de educação básica e demais interessadas/os.

Nesta edição do Simpósio Internacional da Faculdade de Ciências Sociais, contamos com peças da obra “Do silêncio à cura”, do artista visual Dalton Paula. A coleção sintetiza a vida do artista enquanto “personagem caminhador, deslocado no corpo navegante”. As imagens contribuem para acionar e restituir memória e manter o processo de caminhar para a consolidação da ancestralidade negra que marca o Brasil. Dalton Paula vive e trabalha em Goiânia e sua arte integra coleções do Museum of Modern Art (MoMA), de Nova York, da Pinacoteca do estado de São Paulo e do Museu de Arte de São Paulo (MASP). Em 2023, recebeu o Prêmio Soros Arts Fellowship, da Open Society Foundation, pelo projeto Sertão Negro Ateliê Escola de Artes.

 

Sejam muito bem-vindas/os!

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